quinta-feira, 28 de maio de 2009

Moção de apoio às terceirizadas e terceirizados da PUC e pela sua incorporação no quadro de funcionários efetivos

Nós, estudantes, professores e funcionários da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, apoiamos as funcionárias terceirizadas em suas denúcias contra a empresa Higilimp, conforme relatado pelas mesmas ao jornal PUCviva. Defendemos também a incorporação dos trabalhadores terceirizados e precarizados ao quadro de funcionários efetivos da PUC-SP, sem qualquer espécie de concurso ou seleção, uma vez que os mesmos já ocupam as devidas funções, são mais do que aptos e experientes. Defendemos ainda que todos os direitos conquistados pelos funcionários efetivos da PUC-SP sejam extendidos aos terceirizados e/ou precarizados em todas as empresas, afinal todos que desempenham o mesmo trabalho devem ter direitos e salários iguais! Exigimos que o salário mínimo do DIEESE seja aplicado como piso na- cional para todos os trabalhadores, sejam eles efetivo ou terceirizados. Defendemos também que os estudantes, professores e funcionários unifiquem-se aos terceirizados em suas reivindicações, especialmente considerando que estes últimos são os setores mais explorados da universidade. A terceirização divide os trabalhadores, permite sua super exploração, impede que aqueles que desempenham funções iguais ou similares organizem-se no mesmo sindicato, ameaça os empregos dos efetivos, e permite que os donos das empresas recebam altos lucros à custa de trabalhadores mal remunerados, impedindo que os mesmo tenham condições dignas de sobrevivência. Repudiamos a condição que a Higilimp impõe hoje às trabalhadoras, que executam suas funções em condições precárias, permitindo condições de higiene deploráveis. Repudiamos a resposta da empresa ao jornal PUCviva, edição nº 699, na qual a mesma coloca a necessidade de dedetização, mas que sequer menciona quando será providenciada. Trabalhando nessas condições é de se esperar que com a má alimentação e as condições precárias, as trabalhadoras fiquem doentes. Se o sindicato da categoria permite que com duas faltas justificadas - seja por motivos de doença das trabalhadoras ou daqueles que dependem das mesmas, filhos, idosos etc., nós consideramos essa situação absurda, já que as doenças são inclusive causadas pelo próprio ambiente de trabalho. Repudiamos também o corte de suas cestas básicas e que as trabalhadoras sejam obrigadas a pagar do próprio bolso para trabalhar, com os atrasos no depósito do vale transporte. Demandamos ainda que as trabalhadoras tenham todos os materiais de higiene e segurança necessários para executarem suas funções e que as empresas cumpram com suas obrigações trabalhistas.Repudiamos também que qualquer trabalhadora ou trabalhador seja remanejado ou demitido a partir da reivindicação de seus direitos e nos colocamos à disposição dos mesmos, caso sejam perseguidos em função disso.
São Paulo, 21 de maio de 2009
Assinam essa moção Comitê contra os efeitos da Crise

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