quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Obama repete fórmula imperialista de Bush e aumenta tropas no Afeganistão
fonte: Sindicato dos Metalurgicos de São Jose dos Campos.
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Há menos de um ano no poder, Obama confirma-se apenas como uma versão repaginada de George W. Bush, mas com toda sua herança imperialista. Se Bush esmagou a soberania e o povo iraquiano, Obama muda seu foco para o Afeganistão mesmo antes de retirar suas tropas do Iraque.
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Esta semana, Obama anunciou o envio de mais 30 mil soldados para o Afeganistão, numa guerra que já dura oito anos (2001-2009). Com isso, nos próximos oito meses, subirá para 100 mil o número de homens do Exército norte-americano em terras afegãs.
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A ordem é que as tropas combatam o Taleban, grupo que comandou o país até 2001, e a Al Qaeda – apontada como responsável pelos ataques de 11 de setembro.
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A invasão norte-americana ao Afeganistão já custou US$ 171 bilhões aos cofres públicos dos EUA. O envio de novos soldados deverá elevar o custo em mais US$ 40 bilhões. A própria população dos Estados Unidos já está demonstrando insatisfação com essa guerra. A popularidade de Obama, por este e por outros tantos motivos, não para de cair, e já chegou a um patamar inferior a 50.
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Com a mesma estratégia usada para combater a crise econômica, com despejos de trilhões de dólares no mercado em socorro aos capitalistas, Obama despeja milhares de soldados para garantir seu domínio sobre outros povos. O fato é que assim como seu antecessor, Obama quer ditar as regras fora de seu país, aplicando a ferro e fogo a política imperialista.
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Oficialmente o anúncio é que iniciar a retirada das tropas do Afeganistão a partir de 2011. Mas o mundo já sabe que esse tipo de previsão nunca se cumpre quando se trata dos EUA. É apenas um jogo de cena para evitar o desgaste político da medida.
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Para a Casa Branca, não importa o quanto essa guerra custe ao povo americano e, muito menos, ao povo afegão. Segundo um artigo publicado pelo jornal The New York Times, o Exército americano está conseguindo recrutar soldados porque os jovens não conseguem emprego na vida civil.
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“Os EUA estão falidos – a educação formal se deteriora, a economia está em frangalhos, o número de sem-teto e da pobreza cresce sem parar – e, no entanto, estamos construindo uma nação no Afeganistão, enviando pra lá centenas de milhares de jovens economicamente sem perspectivas”, escreveu o articulista Bob Herbert.
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A guerra de Obama só mudou de lugar. Entretanto, poderá ter o mesmo desfecho que a guerra do Iraque teve para Bush: um atoleiro sem fim. Afinal, o povo afegão segue lutando e resistindo. Aos trabalhadores do mundo cabe o apoio à luta pela expulsão das tropas imperialistas de ocupação do Iraque e do Afeganistão e em defesa da auto-determinação e independência nacional dos povos desses países.
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