terça-feira, 27 de abril de 2010

1° de Maio - Dia de LUTA!


Fonte: Conlutas.org.br
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“A história do Primeiro de Maio mostra, portanto, que se trata de um dia de luto e de luta, mas não só pela redução da jornada de trabalho, mais também pela conquista de todas as outras reivindicações de quem produz a riqueza da sociedade.” – Perseu Abramo
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História - O 1º de Maio é uma homenagem aos milhares de trabalhadores de Chicago (EUA) que foram às ruas protestar contra as péssimas condições de trabalho as quais eram submetidos - férias, descanso semanal e aposentadoria não existiam - e exigir a redução da jornada de trabalho de 16 para 8 horas. Essa mobilização envolveu mais de 250 mil trabalhadores. Em greve, realizaram manifestações, passeatas, piquetes e discursos movimentavam a cidade. Entretanto, a repressão policial foi brutal: trabalhadores foram presos, feridos e alguns deles mortos. Isto foi em 1886.
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Após diversos enfrentamentos com mortes de trabalhadores e policiais, a polícia promoveu uma investigação pesada e centenas foram presos. Oito dos militantes mais ativos de Chicago foram acusados de conspiração.
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Albert Parsons, August Spies, Adolf Fischer e George Engel foram enforcados no dia 11 de Novembro de 1887. Louis Lingg teria cometido suicídio na prisão. Os três restantes foram finalmente perdoados em 1893.Em 1889, a Segunda Internacional Socialista aprovou em seu congresso, realizado em Paris, proclamar o dia 1º de Maio como o Dia Internacional do Trabalhador, em memória aos "mártires" de Chicago e pela luta por jornada de oito horas. Essa deveria ser uma grande manifestação internacional.
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Em 1890, o Congresso norte-americano se viu obrigado a voltar a lei que estabeleceu a jornada de oito horas de trabalho.Em 1º de Maio de 1891, nova manifestação no norte da França sofreu forte repressão policial resultando na morte de dez manifestantes, o que reforçou a data do 1º de maio como um dia de luta dos trabalhadores.
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Em abril de 1919 o senado francês ratificou as oito horas diárias de trabalho e proclamou o 1º de Maio daquele ano dia feriado. Em 1920 a Rússia adotou o 1º de Maio como feriado nacional. Este exemplo foi seguido por muitos outros países, com exceção dos EUA.
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O 1º de Maio em 2010 - O 1º de Maio já está aí.
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Vamos às ruas empunhar as bandeiras de luta dos trabalhadores.
Vamos manter a tradição da esquerda e preparar atos unitários e classistas.
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Não faremos como centrais governistas como CUT e Força Sindical que realizam showmícios financiados pelas mesmas empresas e governos que atacam direitos e salários dos trabalhadores do decorrer do ano.
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O 1º de Maio é dia de luta contra o capitalismo, para denunciar as grandes empresas, os Estados e seus governos e reafirmar a luta por uma sociedade justa, igualitária, uma sociedade socialista.
A Conlutas faz um chamado a todos os setores do movimento sindical, popular e estudantil à realização de atos unitários, classistas, de oposição de esquerda ao governo Lula, aos governos estaduais e municipais e aos patrões. Vamos organizar atos conjuntos com todos os setores que hoje compõem o processo de reorganização e aproveitar para convocar o Congresso Nacional da Classe Trabalhadora.
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Em cada Estado devemos nos apoiar nas mobilizações que estão ocorrendo e buscar unificá-las para que sirvam de preparação dos atos do 1º de Maio. Desde as lutas nacionais às específicas de cada Estado, região ou categoria, devemos garantir a preparação do 1º de Maio e levantar as seguintes bandeiras:
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- A defesa do aumento geral dos salários
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Esta será a nossa principal bandeira. Durante o Governo Lula os empresários e banqueiros aumentaram em 400% o seu lucro enquanto os salários aumentaram pouco mais de 50% no mesmo período. Vamos denunciar que isso só foi possível por que o governo, no momento da crise, despejou centenas de bilhões do dinheiro público para as grandes empresas e ao latifúndio, enquanto aos trabalhadores sobraram demissões e agora um ritmo infernal de trabalho. Portanto, há condições, sim, para um aumento geral dos salários!
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- Redução da jornada de trabalho, para 36h, sem redução de salário e direitos
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Essa bandeira deve estar presente em todas as campanhas salariais cuja jornada é superior a 36h semanais. Deve estar presente também nos atos do 1º de Maio. Além disso, vamos denunciar que passados mais de sete anos o governo Lula tomou nenhuma iniciativa para reduzir a jornada nem para 40h semanais. Vamos fazer um chamado às centrais governistas por um dia nacional de paralisações; não devemos apostar as nossas fichas em um congresso corrupto como as centrais governistas vêm fazendo. Essa vitória dependerá exclusivamente da mobilização de nossa classe e por isso será preciso unidade e uma forte ação contra o governo e os patrões.
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- Reforçar reivindicações da campanhas salariais e manifestar apoio à luta do funcionalismo público federal
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Em cada estado, região ou município devemos destacar as ações das categorias em mobilização, especialmente as campanhas salariais e dar divulgação a essas lutas. É preciso manifestar apoio à luta do funcionalismo público. Esse setor se enfrenta novamente contra o governo Lula, agora contra a projetos que na prática congelam o reajuste destes trabalhadores por 10 anos.
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- Aposentados: Reajuste igual ao do salário mínimo, reposição das perdas e fim do fator previdenciário!
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Estamos diante de mais um episódio na luta dos aposentados contra o governo Lula. Já é a terceira vez que o governo e as centrais governistas tentam uma manobra para impedir que os projetos de lei que garantem o fim do fator previdenciário, o reajuste igual ao do salário mínimo e a reposição das perdas sejam aprovados na Câmara dos Deputados. Na última sexta-feira (23) reafirmou que defende o reajuste de 6,14% aos aposentados. É necessário denunciar o governo, as centrais governistas e reivindicar a unidade com a COBAP na defesa desses direitos. Precisamos dizer que não há déficit na previdência, como insiste em afirmar o governo Lula. Só o ano passado o governo destinou R$ 283 bilhões para pagamento de juros e serviços da dívida externa.
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Haiti: Solidariedade sim, ocupação militar não!
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Neste 1º de Maio mais uma vez vamos erguer em alto e bom som nossa solidariedade ao povo haitiano. Vamos denunciar que os efeitos nefastos causados pelo terremoto têm sua intensidade agravada a partir das inúmeras décadas de opressão e retaliação impostos pelo imperialismo. Vamos reafirmar a importância da solidariedade classista e internacional, sem fazer contundente exigência da retirada das tropas de ocupação militar daquele país. É preciso denunciar o papel do exercito brasileiro nesta ocupação e a irresponsabilidade do Governo Lula neste episódio. Vamos divulgar a visita de nossa delegação, este mês, ao Haiti e de nossa contribuição material ao Batay Ouvriye. Denunciar que nada está sendo reconstruído pelas tropas, que é com a própria força e solidariedade do heróico povo haitiano. Contra a ocupação, vamos exigir a presença de médicos, engenheiros, educadores e não soldados! Fora as tropas brasileiras do Haiti!
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Vamos ao 1º de Maio com nossas faixas, bandeiras, manifestos formando as colunas da Conlutas.
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Além de nossas bandeiras principais, não podemos deixar de falar da luta contra a opressão, do machismo, da homofobia, da luta por direito a moradia, saúde, educação, estabilidade no emprego, e a defesa do Socialismo, alternativa para a vida da classe trabalhadora, para a vida da humanidade.
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Todos ao 1º de Maio!

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