Relato de estudante sobre a greve da USP que aconteceu no primeiro semestre desse ano!

Não sou aluna da usp, não levanto bandeira de partido algum.
Estudo em duas faculdades - ambas particulares, nenhuma em greve e muito menos ocupada pela PM, mas problemas não nos faltam - estamos sempre metidos até o pescoço em nossas próprias brigas e reivindicações. então, me perguntam.. o que faço numa quinta à tarde, debaixo do sol, protestando por uma universidade onde não estudo?
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Confesso que tenho meus vínculos, mesmo que emocionais, com a Universidade de São Paulo. Foi por lá que passei minhas tardes e sábados, aprendi ao menos a me virar em russo, e decidi o que faria da vida - lembranças que, mesmo com meus parcos 17 anos, me marcam e moldam.
mas a resposta é mais simples que isso. no fim das contas, também sou estudante. e que estudante não sente arrepio na espinha só ao pensar na polícia ocupando seu campus? e que estudante não se comove ao ver seus pares agredidos e humilhados? que estudante não se revolta com as ações autoritárias de uma reitora nem ao menos eleita diretamente pelos alunos por ela dirigidos? é por isso que me envolvo na greve.
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O movimento estudantil não está morto, de modo algum, exatamente o oposto. mas mesmo vivos não deixamos de ter os nossos problemas - é uma pena que só em momentos de crise nos damos conta de que sem união não existe luta, independente de partido, graduação ou universidade. afinal, me diga você, se nós mesmos não nos ajudarmos, quem vai?
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Julia "flor"
membro da gestão te convido a lutar do cacs/puc-sp