

Renata Piekarski, trabalhadora da USP e militante do PSTU
Na madrugada de hoje por volta das 3 horas da manhã, o governo Serra através da Reitoria da USP enviou a tropa de choque para reprimir a greve que já dura quase um mês. Os trabalhadores estão em greve por aumento de salário, em defesa de 5 mil trabalhadores que tem seus postos de trabalho ameaçados de demissão, e pela reintegração de Claudionor Brandão, diretor do SINTUSP demitido, assim como a retirada dos processos administrativos imposto à vários militantes e dirigentes sindicais, bem como pela retirada da multa aplicada pela reitoria ao Sintusp em função da Ocupação ocorrida em 2007.
Em quase todas as unidades foram colocadas ao menos uma viatura policial, impedindo que os piqueteiros exerçam seu direito legítimo de greve, tirado em assembleias de unidade e da categoria. Especialmente na Reitoria pode-se encontrar dezenas de policiais militares e da tropa de choque. Foram arrancadas diversas faixas e trabalhadores foram individualmente ameaçados de prisão caso permanecessem nos portões de suas unidades.
Porém a resistência do movimento agora se torna ainda maior. Pela manhã ocorreu uma assembléia emergencial, contando com cerca de 600 pessoas, que seguiu até o começo da tarde onde por unanimidade foi decidido a permanência na greve. Os estudantes por sua vez, reunidos no DCE ocupado, organizaram passagens em salas de aula chamando todos para uma assembleia que ocorrerá ainda essa semana.

Historicamente a USP é conhecida como um local onde a entrada da polícia não é permitida.
Na década de 70, a USP por diversas vezes serviu em função disso, como abrigo para militantes de esquerda perseguidos pela Ditadura Militar.
É sabido que este ataque se insere em meio à uma ofensiva dos governos federal e estadual, em criminalizar os movimentos sociais, sindicatos e setores em luta. Este fato só mostra a intransigência do governo e da Reitoria com as vias democráticas de negociação com a categoria. Amanhã haverá um ato as 11 horas da manhã

em frente à Reitoria, pela imediata
saída da polícia do Campus e pela reabertura das negociações.
Por isso chamamos a todos a participarem do ato que será organizado amanhã e enviarem
moções de apoio a greve dos funcionários da USP e repúdio à intervenção policial.
Atentem para a manifestação das coxinhas, foi composta por estudantes e funcionário, que comeram coxinhas simbolicamente pela saida da tropa de choque do campus e pelo nosso direito a greve.
ResponderExcluirDiziam " não gosto de coxinha, prefiro empadinha"....
hehehe
ahuahua é uma critica ao Serra que queria ir contra as coxinhas por ter muita gordura. Um idiota para pensar que ele é moralista e está fazendo algo pelo povo.
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